sábado, 25 de julho de 2009

tomando susto e Vencendo!


Em dia de Souza e Rafael Marques inspirados, Grêmio vence o Santo André
Meia marca um e dá passe para os dois gols do zagueiro em jogo em que o Ramalhão saiu na frente. Tricolor encosta no G-4 com 3 a 2 no placar

O
Grêmio tomou um susto, sofreu o primeiro gol, mas, comandado por Souza e Rafael Marques, conseguiu reagir e venceu o Santo André por 3 a 2, neste sábado, no Estádio Olímpico. O meia marcou um gol e ainda cruzou as bolas para o zagueiro marcar duas vezes de cabeça. O resultado empurra o Tricolor para o sexto lugar no Brasileirão, com 21 pontos, um a menos que o quinto colocado, o Barueri. Já o Ramalhão, com a vitória do Avaí, caiu uma posição e aparece em 11º, com 17. Na próxima rodada, Grêmio encara o São Paulo, fora de casa, no dia 30. Já o Santo André tem o mando de campo no confronto contra o Corinthians, no dia 29, mas o jogo será em São José do Rio Preto.
O jogo
O Grêmio tentou mostrar desde cedo que tentaria mostrar ao Santo André quem é o dono do Olímpico. Tcheco arriscou de fora da área e obrigou Neneca e espalmar bola para escanteio logo no primeiro minuto. Aos seis, Herrera tocou para Jonas, que fintou a marcação e chutou da entrada da área. Marcel apareceu no momento exato para interceptar. A equipe visitante tinha dificuldades de chegar ao gol, e o Tricolor seguiu pressionando. Com 18 minutos, Jonas achou Herrera na esquerda. O argentino cortou para o meio e quase acertou o ângulo esquerdo. A bola saiu por pouco. Como se fosse um castigo por não ter feito o gol, o Santo André foi quem abriu o placar, aos 19. Gustavo Nery recebeu na esquerda e tocou para Marcelinho Carioca no meio. O meia abriu as pernas e deixou a bola passar. Antônio Flávio apareceu cara a cara com Victor e bateu rasteiro. A bola bateu nas duas pernas do goleiro, passou por baixo das suas pernas, tocou na trave e entrou de mansinho. Gol chorado, chorado.


O gol deixou o Grêmio nervoso por alguns minutos. Na saída de bola, o time de Paulo Autuori errava muitos passes e deixava a torcida irrita. Mas durou pouco. A partir dos 34, o Grêmio voltou a pressionar. Rafael Marques aproveitou rebote na área e bateu cruzado. Neneca esticou o pé e a bola se perdeu pela linha de fundo. No minuto seguinte, Tcheco fez jogada de linha de fundo e achou Souza livre na área. O meia pegou mal na bola e mandou à direita do gol. A virada veio ainda antes do intervalo. Aos 43 minutos, Souza bateu escanteio da direita, Rafael Marques apareceu na primeira trave e desviou para a rede: 1 a 1. E aos 45, Túlio roubou bola e tocou para Souza na direita. O meia mandou dali mesmo e surpreendeu Neneca, acertando o ângulo oposto para fazer 2 a 1.

Grêmio começa em cima (de novo)
Assim como na etapa inicial, o Grêmio começou o segundo tempo em cima do Ramalhão. Depois de cruzamento da esquerda, Souza mandou de cabeça, encobrindo Neneca, e acertou o travessão. No rebote, Herrera se enrolou com a bola e foi abafado pela zaga paulista. Entretanto, desta vez o Santo André tentou reagir mais cedo. Aos três, Marcelinho Carioca bateu falta com efeito, e Victor desviou para escanteio. Quatro minutos depois, Gustavo Nery entrou na área e bateu cruzado. Victor espalmou para o lado. Antônio Flávio ainda ficou com a bola e cruzou. Nunes cabeceou no peito de Rafael Marques. A situação ficou mais complicada ainda para o Santo André quando Nunes foi expulso, aos 17 minutos. O árbitro Alicio Pena Júnior considerou que ele agrediu Herrera com uma cotovelada em um lance próximo à linha lateral.


Melhor para o Tricolor, que voltou a criar chances. Com 19 minutos, Jadílson cruzou da esquerda, Herrera cabeceou com força, mas Neneca salvou mais uma. Deu até para o volante Adilson ir ao ataque e mostrar habilidade. Aos 26, ele avançou até a entrada da área, driblou Fernando e o chute é que não saiu muito legal. Saiu fraco, à esquerda do gol. O terceiro gol tricolor saiu com a mesma dupla que fez o primeiro. Souza bateu falta da direita, Neneca não cortou, a bola passou por cima do goleiro, e Rafael Marques, na pequena área, cabeceou para o gol vazio. No fim, o atacante Herrera carimbou o travessão de Neneca e não conseguiu dividir os holofotes da vitória com Rafael Marques e Souza. Assim como o gol de cabeça de Ricardo Goulart já nos acréscimos também não conseguiu jogar água no chope tricolor: 3 a 2 foi o placar final.

No sufoco, mas venceu.


Depois de dar susto na torcida, Botafogo vence o Inter no Engenhão
Alvinegro abre dois gols, cede empate, mas acaba vencendo por 3 a 2 e deixa provisoriamente a zona de rebaixamento
Apesar de ter dado a impressão de que venceria fácil neste sábado, no Engenhão, o Botafogo sofreu. O time abriu dois gols de vantagem, cedeu o empate, mas, graças ao lateral-direito Alessandro, conseguiu derrotar o Internacional por 3 a 2 e, pelo menos provisoriamente, deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

Agora, o Alvinegro ocupa o 15º lugar, com 15 pontos e precisa torcer contra
Cruzeiro (com 13 pontos) e Sport (com 12), que ainda jogam nesta rodada, para seguir fora da área da degola. O Colorado segue na terceira posição, com 24 pontos, mas fica de olho em Corinthians, Barueri e Vitória, que podem ultrapassá-lo.

Na próxima rodada, o Botafogo vai até o Paraná enfrentar o
Coritiba, na quarta-feira, às 19h30m. No mesmo dia, mas às 21h, o Internacional recebe o Barueri no estádio Beira-Rio.

Dezesseis minutos fulminantes

Enquanto a defesa do Inter parecia desligada, o ataque do Botafogo começou o jogo com tudo. Primeiro, André Lima ajeitou de cabeça e Batista chutou para fora. Depois, Juninho cobrou falta com força e obrigou Michel Alves a fazer uma boa defesa. Isso tudo antes dos dez minutos, quando o Alvinegro abriu o placar. Victor Simões cruzou da direita, o goleiro colorado não conseguiu a defesa e Wellington, oportunista, empurrou para o gol o aberto. O time da casa continuou em cima e, aos 16 minutos, Lucio Flavio cobrou escanteio, Renato escorou de cabeça e André Lima se atirou para desviar a bola e fazer 2 a 0. E o placar poderia ter sido maior. Aos 31 minutos, Juninho cobrou falta quase do meio-campo e acertou a trave. Mais sete minutos e Eduardo lançou Victor Simões, que ganhou da marcação de Álvaro e chutou para a grande defesa de Michel Alves. O Inter até teve bastante posse de bola, mas levou perigo ao gol adversário apenas duas vezes. Aos 36 minutos Castillo fez sua única defesa, após cabeçada de Sorondo. Três minutos depois, Andrezinho chutou com categoria e o goleiro apenas acompanhou a bola sair pela linha de fundo.

Reação colorada em vão


O Inter deu rapidamente início a uma reação no segundo tempo. Logo aos dois minutos Sandro invadiu a área e levou um encontrão de Leandro Guerreiro. Pênalti, que Andrezinho cobrou bem e converteu. O Botafogo não se intimidou com o gol e continuou dando trabalho para Michel Alves. Ao oito minutos, Juninho voltou a acertar a trave em cobrança de falta. Aos 17, foi a vez de André Lima girar na área e chutar com perigo. Mas a resposta colorada veio no lance seguinte, com Leandrão. O atacante recebeu lançamento de Andrezinho e tocou na saída de Castillo, enquanto a defesa parou pedindo impedimento. Com o jogo aberto, as duas equipes levavam perigo. Pelo lado do Inter, Andrezinho deu mais um belo passe, dessa vez para Giuliano, que driblou Castillo, mas chutou por cima do gol. Do lado do Botafogo, Alessandro passou a se destacar. Primeiro em um chute cruzado, que Michel Alves espalmou. Aos 30, o alvinegro foi mais feliz. Batista cruzou, Reinaldo desviou de cabeça e o lateral completou para garantir a vitória dos cariocas.

Tá Com Tudo


Em ascensão, Avaí bate o Atlético-PR na Arena e emplaca a quarta vitória seguida
Time de Silas faz 3 a 1, sobe para a nona posição na tabela e afunda Furacão na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro
O Avaí que teve um mau começo no Campeonato Brasileiro e passou várias rodadas na zona de rebaixamento parece ter ficado mesmo para trás. Na noite deste sábado, o time de Silas venceu mais uma na competição, ao bater o Atlético-PR por 3 a 1 na Arena da Baixada. A vitória foi a quarta consecutiva do time catarinense, a terceira fora dos seus domínios -antes venceu Goias e Sport fora da Ressacada, além do Grêmio.

O nome da noite foi Willian, que marcou dois e ainda perdeu a chance de fazer o terceiro, nos minutos finais da partida. Agora, o Leão da Ilha ocupa a nona posição com 19 pontos. Já o time de Waldemar Lemos, que foi vaiado pela torcida, caiu para a 18ª posição, com 12 pontos.

Na próxima rodada, o Atlético-PR visita o
Goiás, na quarta-feira, no Serra Dourada, buscando a recuperação na tabela. Já o embalado Avaí recebe o Vitória, quinta-feira, na Ressacada.

CONFIRA A TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO

Baile do Avaí e vaias da torcida aos atleticanos


Nem parecia que o Avaí jogava fora da Ressacada. Com velocidade e sem esperar que o Atlético-PR tomasse a iniciativa do jogo, o time catarinense impôs o seu ritmo na Arena da Baixada. Como prêmio, um gol logo no início da partida. Na primeira investida, Willian chutou forte contra a meta de Galatto, que precisou se esticar todo para espalmar de lado. Mas no rebote, a bola sobrou para Muriqui, que não teve trabalho para fazer o 1 a 0, aos 9 minutos. Para tentar se livrar do baque, o Atlético-PR passou a colocar Weslley para correr pelos lados do campo. A outra alternativa encontrada pelo time e Waldemar Lemos foram as bolas alçadas para a área, buscando Alex Mineiro, que fez sua reestreia na Areana da Baixada depois de rodar por grandes clubes do país, como Palmeiras e Grêmio. Mas de nada adiantou. Forte na marcação e consistente na defesa, o Avaí se livrava bem das tentativas do time da casa. E quando tinha a bola no ataque, imprimia velocidade com Eltinho, Marquinhos e Muriqui. Por isso, aos 26 minutos, conseguiu ampliar a vantagem. Depois de balançar na frente do zagueiro do Atlético-PR, Eltinho chutou cruzado. Sem uma marcação mais próxima, Willian se jogou no chão para completar contra a meta de Galatto. O 2 a 0 com menos de 30 minutos fez com que as primeiras vaias surgissem na Arena da Baixada. - Tem de ficar se movimentando mais. Se ficar parado, facilita a marcação deles – sugeriu o meia Marcinho, do time paranaense, no intervalo da partida.

Leão da Ilha vira visitante indigesto na Arena


Não adiantaram as mudanças no time paranaense, com as entradas de Carlão, Jhonatan e Rafael Moura na equipe. O Avaí continuou atacante e jogando como queria na Arena. Tanto que aos 17 minutos o time chegou ao terceiro gol na partida. De forma fácil, Willian se livrou de dois adversários e venceu pela segunda vez no duelo o goleiro Galatto. O 3 a 0 fez a torcida atleticana murchar e os poucos catarinenses zombarem, que gritavam “silêncio, silêncio”, em provocação ao desânimo do rival. O Atlético-PR só diminuiu o prejuízo no placar quando a zaga do Avaí deu bobeira na área. Aos 20 minutos, Rafael Santos cruzou e o pequeno meia Marcinho foi melhor que os defensores do Leão da Ilha e fez 3 a 1.

O Avaí ainda teve chances de fazer o quarto gol, aos 30 minutos, depois que Marquinhos desceu para o ataque em velocidade e chutou forte. Galatto espalmou, mas novamente deu rebote. No entanto, Willian desperdiçou a possibilidade de fazer seu terceiro gol na noite, quando chutou para o alto.

Enquanto o Avaí não tinha pressa para tocar a bola, o Atlético-PR partia para o tudo ou não. No sufoco, Alex Mineiro tentou de cabeça, mas esbarrou novamente em Eduardo Martini. E a torcida chiava, na fria noite em Curitiba, pelos erros que a equipe apresentou.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Tristeza Azul


Cruzeiro perde para o Estudiantes de virada e vê o fim do sonho do tri
Dominado pelo nervosismo, time mineiro joga fora de suas características e é derrotado por 2 a 1 na decisão da Libertadores num Mineirão lotado


A campanha invejável do
Cruzeiro na Taça Libertadores terminou em tristeza. Após vencer nove dos 13 jogos a caminho da finalíssima, o time foi derrotado de virada por 2 a 1 pelo Estudiantes nesta quarta-feira, diante de 65 mil torcedores no Mineirão. E viu ir por água abaixo o sonho do tricampeonato. Henrique abriu o placar, mas Fernández e Boselli garantiram o tetracampeonato aos argentinos.O time mineiro, que arrancara um empate por 0 a 0 em La Plata, foi dominado pela tensão na maior parte do jogo e caiu diante de um adversário que se mostrou organizado no sistema defensivo e que soube explorar falhas de marcação. Os cruzeirenses, assim, não conseguiram acabar com uma sina recente do futebol brasileiro, derrotado nas últimas seis vezes em que encontrou um time estrangeiro na final. A sequência começou com o Palmeiras, que perdeu para o Boca Juniors em 2000. Depois, fracassaram o São Caetano (contra o Olimpia em 2002), o Santos e o Grêmio (ambos contra o Boca, em 2003 e 2007) e o Fluminense (contra a LDU, no ano passado). Campeão em 1976 e 1997, o Cruzeiro já havia sido derrotado na decisão de 1977 pelo Boca. O time agora terá de recuperar o ânimo e se concentrar no Campeonato Brasileiro, em que ocupa a parte de baixo da tabela de classificação. Já o tetracampeão Estudiantes, que havia levado o caneco em 1968, 1969 e 1970, representará a América do Sul no Mundial de Clubes, a ser disputado de 9 a 19 de dezembro nos Emirados Árabes. O seu principal concorrente será o Barcelona.

Cruzeirenses demonstram nervosismo

O primeiro tempo apresentou um Cruzeiro muito nervoso e fugindo de suas características, de toque de bola e movimentação constante dos jogadores do sistema ofensivo. Nos primeiros minutos, cada lado parecia querer se impor fisicamente. Verón aproveitou a primeira oportunidade e deixou o braço no rosto de Ramires, revidando o lance de La Plata. O meia cruzeirense, pouco tempo depois, acertou um leve bico na canela de Fernández dentro da área.

A primeira boa chance veio aos 18 minutos, quando Ramires ganhou uma dividida erguendo o pé, mas errou o passe para Wellington Paulista, livre na área. O Estudiantes, fechado na defesa, dava pouco espaço. E o Cruzeiro contribuía para o sucesso da retranca ao não avançar seus laterais e insistir em bolas longas.

Durante alguns minutos, na metade do primeiro tempo, os cruzeirenses até deram a impressão de que conseguiriam se impor. Foram três boas jogadas. Pelo meio, Wagner deu passe para Wellington Paulista, mas Andújar saiu a tempo. Pela direita, Jonathan recebeu passe de Marquinhos Paraná e cruzou para fraca cabeçada de Ramires. E, pela esquerda, Kléber fez boa jogada e quase encontrou Wagner na pequena área.


Estudiantes assusta em contra-ataques

O problema é que foi justamente nesse momento do jogo que o Estudiantes encaixou contra-ataques perigosos. Não fossem uma furada de Boselli e desarmes providenciais de Wagner e Gérson Magrão, o Cruzeiro teria ido para o vestiário em desvantagem no placar.

Nos 15 minutos finais da primeira etapa, o panorama voltou a ser como no início: nervoso e com entradas duras. Houve até um início de desentendimento geral, depois que Verón mostrou não ter esquecido a cotovelada na Argentina e empurrou Ramires.

- O jogo está pegado. Nosso time não está colocando a bola no chão, parece muito nervoso - afirmou Kléber, na saída para o intervalo, criticando também o árbitro Carlos Chandía. - Esse juiz é um dos mais fracos que eu já vi.



No segundo tempo, dois gols em 12 minutos

Na volta para o segundo tempo, o técnico Adilson Batista comentou que seu time precisava tocar mais a bola, invertendo jogadas com mais rapidez, mas ao mesmo tempo se preocupar com a movimentação do adversário nos contra-ataques.

Logo aos seis minutos, a torcida no Mineirão explodiu de alegria. E graças a uma jogada que o Cruzeiro não havia explorado até então: em uma conclusão de longe. Henrique se deslocou, recebeu passe de Marquinhos Paraná e chutou. A bola desviou em Desábato e fugiu do alcance de Andújar: 1 a 0.

Os cruzeirenses ensaiaram um estilo de jogo de maior paciência, tocando a bola na intermediária de um lado para o outro. Mas a vantagem no placar durou apenas seis minutos. Num descuido da defesa, Cellay recebeu passe pela direita e cruzou à meia altura. Jonathan não alcançou, Fábio saiu em falso, e Fernández - dentro da pequena área - completou para a rede, empatando a partida.


Mineiros se perdem novamente


O gol devolveu o nervosismo ao Cruzeiro e fez cair o desempenho de alguns de seus jogadores. Ramires, que já não havia feito um bom primeiro tempo em sua despedida do clube, desapareceu de vez. Wagner, que sentiu uma lesão no tornozelo no início da partida, já não conseguia ajudar na articulação de jogadas e foi substituído por Athirson.



Aproveitando falhas na marcação, o Estudiantes passou a chegar com alguma facilidade à intermediária no ataque. Aos 23 minutos, Boselli recebeu passe, girou e chutou para defesa tranquila de Fábio. Quatro minutos depois, o atacante levou a melhor sobre o goleirão do Cruzeiro. Subiu sozinho na área, após cobrança de escanteio de Verón, e cabeceou no canto: 2 a 1. Com o gol, Boselli chegou a oito e terminou como artilheiro isolado da Libertadores.

O Cruzeiro ainda tentou pressionar o adversário e quase chegou ao empate por três vezes a partir dos 40 minutos. Na primeira, Thiago Ribeiro aproveitou o rebote em uma cobrança de escanteio e soltou uma bomba, acertando o travessão. Depois, livre na área, o mesmo atacante chutou por cima do gol. A chance derradeira veio nos pés de Thiago Heleno, que também pegou mal na bola. E a festa ficou mesmo com os argentinos.

Internacional 4 X 2 Fluminense



Taison entra no segundo tempo, decide, e Inter despacha o Flu
Na estreia de Vinícius Eutrópio no Tricolor, atacante marca duas vezes na vitória gaúcha por 4 a 2 e garante sobrevida a Tite

No duelo da equipe que sonhava com um novo tempo após mudar o treinador contra a que lutava desesperadamente pela vitória para não ter que tomar a mesma atitude, melhor para o Internacional de Tite, que despachou o Fluminense de Vinícius Eutrópio, por 4 a 2, no Beira-Rio, nesta quarta-feira, pela 11ª rodada do Brasileirão, e voltou à liderança. Barrado, Taison entrou no segundo tempo para marcar duas vezes e garantir o triunfo dos gaúchos, que dependem do resultado de Atlético-MG e São Paulo, que se enfrentam nesta quinta-feira, para seguirem no primeiro lugar. Sorondo e Andrezinho, pelo Colorado, e Ruy e Conca, do lado tricolor, marcaram os outros gols da partida. Com o resultado, o Inter chegou ao primeiro lugar com 23 pontos, dois a mais que o Galo. Já os cariocas, com 10, estão na vice-lanterna, em 19º. Na próxima rodada, o Fluminense recebe o Goiás, no Maracanã, sábado, às 18h30m, enquanto o Colorado tem Gre-Nal pela frente, domingo, às 16h, no Olímpico.
Expulsões, golaço e vantagem do Inter
A obrigatoriedade de vencer para aliviar o clima tenso que marcou o início de semana no Beira-Rio e nas Laranjeiras fez com que as duas equipes se mandassem para o ataque desde o início. Logo aos dois minutos, o argentino Guiñazu fez boa tabela com Nilmar e foi desarmado por Luiz Alberto na entrada da área. No minuto seguinte foi a vez do “hermano” do Flu levar perigo ao rival: Conca arriscou de longe e assustou Lauro. A mudança de Tite para o 3-5-2 deu certo e, com o meio-campo povoado, o Internacional tinha maior posse de bola, mas esbarrava na falta de criatividade dos meias, que não conseguiam passar pela bem postada defesa tricolor. Sendo assim, a primeira boa oportunidade foi do Fluminense, quando Luiz Alberto saltou livre após cobrança de escanteio, aos nove, e cabeceou para fora. Se a ansiedade atrapalhava a criação das jogadas, a bola parada parecia ser a melhor opção ofensiva. E foi assim que o Colorado abriu o placar. Aos 15, Guiñazu foi derrubado por Ruy na intermediária. Andrezinho cobrou a falta na cabeça de Magrão, que desviou para trás e encontrou Sorondo na pequena área. Sem marcação, o zagueiro uruguaio escorou para o fundo das redes: 1 a 0 Inter. A desvantagem abalou o Fluminense, que, se já não tinha maior posse de bola, passou também a dar espaços no setor defensivo. Aos 25, Alecsandro recebeu de Andrezinho na entrada da área, limpou a jogada e chutou rasteiro para a defesa de Ricardo Berna. Quatro minutos depois a impaciência das equipes com a bola nos pés se transformou em agressão. Após disputa de bola no meio-campo, Fred e Magrão trocaram socos e empurrões. A atitude não foi perdoada pelo árbitro Evandro Rogério Roman, que expulsou os dois. Foi o segundo cartão vermelho consecutivo do atacante tricolor, que ainda será julgado nesta quinta-feira pela punição no jogo contra o Corinthians, há duas rodadas. Se havia alguma dúvida sobre o time que sofreria mais com a expulsão dupla, ela foi respondida aos 30. Em ataque veloz do Internacional, Nilmar serviu Andrezinho na intermediária. O meia percebeu Ricardo Berna adiantado e, com um toque de categoria, encobriu o goleiro tricolor para fazer o segundo gol dos gaúchos. E o placar não se transformou em goleada aos 34 por pouco. Danilo Silva puxou contra-ataque e deixou a bola com Andrezinho, que encontrou Nilmar por trás da zaga. O camisa 9 emendou de primeira, mas parou em Berna. Foi a senha para o Fluminense abrir mão de qualquer tipo de precaução e se mandar para o ataque. Como Conca e Ruy não resolviam a questão no meio-campo, a solução foi apelar para as jogadas individuais. A alternativa deu certo e os cariocas pressionaram o adversário no campo de defesa. Aos 35, Diguinho chutou de fora da área e assustou Lauro. Dois minutos depois foi a vez de Wellington Monteiro fazer fila e concluir para fora. No embalo dos companheiros, Mariano também tentou resolver sozinho e, aos 39, bateu de canhota por cima do gol. Aos 41, o lateral-direito apoiou o ataque novamente, serviu Diguinho e viu o volante concluir para o Flu pela quarta vez em seis minutos e pela quarta vez sem direção. Foi o último lance da primeira etapa.
Flu empata, mas Taison decide
Na volta para o segundo tempo, Tite desfez o esquema com três zagueiros, trocou Álvaro por Glaydson, e deu espaços para o Fluminense atacar. Se a primeira boa chance da segunda etapa foi do Inter, aos cinco, em boa cabeçada de Nilmar para a defesa de Berna, era o Tricolor que mostrava maior apetite ofensivo. Aos nove, Conca cobrou falta pela esquerda e João Paulo tocou de cabeça com perigo. Sobrava espaço, mas faltava criatividade para os cariocas. Tanto que a equipe só concluiu novamente aos 18, com Leandro Amaral, que desperdiçou duas boas chances em cobrança de falta e no rebote. O lance, por sinal, foi o último do atacante, que deu lugar a Kieza e saiu esbravejando contra o técnico Vinícius Eutrópio. Inoperante no ataque, o Internacional ao menos se segurava na defesa. Mas esse panorama durou somente até os 27 minutos do segundo tempo. Foi quando João Paulo levantou na área, Lauro saiu mal do gol e deixou a bola nos pés de Ruy. O camisa 10 do Flu dominou e tocou com estilo por cima do goleiro para diminuir. Sem perder o embalo, o Flu seguiu pressionando e conquistou o empate dois minutos depois. Mais uma vez bem no ataque, o jovem João Paulo cruzou na medida para o baixinho Conca, no segundo pau, testar firme e igualar o marcador: 2 a 2. O empate abalou o Inter e animou o Flu, que marcou forte a saída de bola e teve duas boas oportunidades para virar com Marquinho, aos 30 e aos 31. Primeiro, o meia fez jogada individual e chutou sem direção. Na sequência do lance, Lauro cobrou tiro de meta nos pés do tricolor, que mais uma vez errou o alvo. “Morto” em campo, o Colorado renasceu junto com sua maior revelação na temporada: Taison. Barrado por Alecsandro, o jovem substituiu o próprio companheiro para decidir a partida. Aos 34, ele recebeu na intermediária, conduziu a bola, acertou um belo chute no canto direito de Berna e decretou o retorno do Colorado à liderança, pelo menos até o duelo do Atlético-MG com o São Paulo, nesta quinta, e a permanência do Flu na zona de rebaixamento. Glaydson, pelo segundo cartão amarelo, e Diguinho, após falta dura em Nilmar, ainda tiveram tempo para receberem o cartão vermelho antes de Marcelo Cordeiro tabelar com Nilmar, aos 45, e tocar para Taison, sozinho na pequena área, empurrar para o fundo das redes. Foi ato final antes do último apito de Evandro Rogério Roman.

Flamengo 1 X 2 Palmeiras

Palmeiras acaba com Fla no primeiro tempo e dorme na vice-liderança
Diego Souza, em grande estilo, e Ortigoza aproveitam-se de erros da zaga rubro-negra. Adriano desconta

Em 2006, Diego Souza deixou o Flamengo chamado publicamente de “gordo” pelo vice-presidente de futebol, Kleber Leite. A vingança do apoiador demorou, mas veio em grande estilo nesta quarta-feira. Ele foi o principal jogador da vitória por 2 a 1 do Palmeiras, no Maracanã, contra um desorientado time rubro-negro. O resultado faz o time paulista dormir na vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Zanzando de um lado para o outro à beira do campo e ouvindo xingamentos de parte da torcida, o técnico Cuca volta a conviver com a pressão que o abandonou nos últimos quatro jogos. Se o horizonte do treinador do Fla é sombrio e atribulado, Jorginho ganha ainda mais tranquilidade e prestígio no Palmeiras. Ele assumiu interinamente após a saída de Vanderlei Luxemburgo e coleciona três vitórias e um empate em quatro jogos. Com o resultado, o Alviverde paulista pula para a segunda posição, com 22 pontos. Mas nesta quinta pode ser ultrapassado pelo Atlético-MG, que recebe o São Paulo. O próximo jogo da equipe será contra o Santo André, sábado, no Palestra Itália. O Flamengo almejava somar nove pontos na sequência de três jogos que terá no Rio de Janeiro. Começou mal. O resultado deixa a equipe na oitava colocação, estacionada nos 15 pontos. No próximo domingo o adversário, também no Maracanã, será o Botafogo.
Palmeiras brinca no Maracanã
Ao contrário do que se esperava, o gramado não estava dos piores. O esforço pós-show de Roberto Carlos conseguiu nivelá-lo, apesar de o campo parecer “fatiado”. Por causa da camisa de Marcos, semelhante à dos demais jogadores, a partida começou com quase dez minutos de atraso. Quando a bola rolou, o Palmeiras foi o primeiro a ameaçar. Aos três minutos, Danilo cabeceou sobre o gol de Bruno. Apesar de mal posicionado defensivamente, o Flamengo esboçou tramar boas jogadas, sobretudo com Emerson. Porém, em todo o primeiro tempo o time foi incapaz de dar qualquer chute a gol. Everton, aos 20, fez ótima jogada pela ponta esquerda e cruzou. Adriano não alcançou, e a defesa afastou provisoriamente. A fragilidade do sistema defensivo do Flamengo foi posta à prova aos 23. Willians recuou muito mal a bola para Welinton. O zagueiro foi pressionado por Ortigoza e sofreu falta. Leandro Vuaden ignorou, e Diego Souza aproveitou para chutar de perna direita no canto direito de Bruno: 1 a 0. O gol irritou a torcida. E sobrou para Welinton. A cada toque na bola o defensor foi vaiado. Os pedidos de “raça” também se intensificaram. Enquanto isso, dentro de campo, a desorganização tática prosseguiu. Kleberson cometeu erros grosseiros e Angelim quase fez gol contra, aos 30. O Palmeiras colocou os visitantes na roda. Diego Souza sobrava na turma e obrigou Bruno a fazer boa defesa, aos 37. Dois minutos depois, Ortigoza chutou para fora da entrada da área. Se já estava fácil, Kleberson facilitou para os visitantes. Aos 43 minutos, ele perdeu uma bola no meio-campo, e no fim da jogada Cleiton Xavier passou para Ortigoza fazer o segundo. O time rubro-negro deixou o campo sob vaias, e o goleiro Bruno pediu uma mudança de atitude. - Senão acontecerá uma tragédia – afirmou o capitão.
Adriano desconta. E só
O primeiro chute do Flamengo no jogo aconteceu aos três minutos do segundo tempo. Everton fez ótima jogada individual, mas na frente de Marcos bateu fraco e facilitou a defesa. Jogando em contragolpes, o time paulista era soberano no jogo. Mas aos 27, Danilo puxou Adriano na área. O Imperador bateu o pênalti rasteiro, no canto esquerdo, e diminuiu. É o sexto dele em oito jogos desde que voltou ao Flamengo. O gol animou a torcida, mas a arbitragem de Leandro Vuaden irritou os jogadores e dificultou a reação. Aos 39, Maxi cruzou da direita, Zé Roberto cabeceou e Marcos fez a defesa. Àquela altura, o Palmeiras já havia abdicado do ataque. Adriano dividiu no alto com Marcos, aos 42, mas Maxi não conseguiu aproveitar. E o Verdão, com todos os méritos, saiu do Maracanã com a vitória.

Santos 3 X 3 Barueri



Neymar salva nos minutos finais, e o Santos empata com o Barueri na Vila
Peixe reage, mas continua sofrendo com os protestos dos torcedores. Caçula do torneio se mantém na quinta posição


Foi sufoco do início ao fim, com pressão e protestos das arquibancadas. Mas depois de estar perdendo por 3 a 1 desde o primeiro tempo, o
Santos conseguiu empatar em 3 a 3 com o Barueri, nesta quarta-feira de ânimos exaltados na Vila Belmiro. O placar, conquistado nos minutos finais do jogo, foi selado por Neymar, atacante revelado nas categorias de base do time e que comemorou o gol comendo pipocas que foram atiradas pelos torcedores. Apesar do empate, o Santos segue em situação delicada no Campeonato Brasileiro.
Com Serginho Chulapa como técnico interino, o time permanece na 11ª posição, agora com 14 pontos. No domingo, o time enfrenta o
São Paulo, no Morumbi, quem sabe com um novo treinador na vaga de Vagner Mancini, demitido depois da goleada sofrida por 6 a 2 para o Vitória. Já o Barueri, que quase aprontou das suas novamente na competição, permanece na quinta posição, com 18 pontos. Também no domingo, o time de Estevam Soares recebe o Náutico.
Protestos, vaias e Michael Jackson
Pressionado, o Santos de Serginho Chulapa apareceu em campo com a dupla Kléber Pereira e Roni no ataque. Mas foi o Barueri que assustou desde os primeiros momentos. Aos seis minutos, Leandro Castán cabeceou, e Douglas precisou se esticar todo para espalmar para fora. Um minuto depois, foi a vez de Thiago Humberto testar a frágil defesa santista. E novamente o camisa 1 conseguiu defender.
Mas logo Douglas causou arrepios nos torcedores, ao sair com os pés para evitar que Val Baiano abrisse o placar, aos 9 minutos. No entanto, três minutos depois disso, ele não conseguiu conter o Barueri. Em uma bobeira de Fabão na área, o camisa 9 do time da Grande São Paulo se aproveitou do erro para fazer 1 a 0. E não houve tempo para uma reação santista, pois, aos 17 minutos, Fernandinho ampliou para o Barueri. Depois de passar fácil por Wagner Diniz e Fabão, o atacante bateu forte, sem chances para Douglas. E assim surgiam as primeiras vaias na Vila Belmiro. O clima chegou a ficar um pouco mais ameno, quando Madson descontou para o Peixe, em cobrança de falta, aos 26 minutos. Depois de muita comemoração com o interino Serginho Chulapa, que foi abraçado por todos, o Santos voltou a levar novo baque. Fernandinho recebeu nas costas de Wagner Diniz, driblou e cruzou para Val Baiano marcar seu segundo gol na partida, fazendo 3 a 1 para o Barueri, aos 29 minutos. O lateral-direito santista acabou sendo substituído depois disso. Depois, não houve mais ambiente para paz na Vila Belmiro. Dos momentos finais da primeira etapa até a saída de todo time para os vestiários, eram gritos de "Time sem vergonha" e "Marcelo Teixeira, com esse time você está de brincadeira". - Absurdo o nível de jogo que estamos apresentando – disse o goleiro Douglas. Na tentativa de melhorar o clima dos torcedores, as meninas animadoras entraram em campo com saias minúsculas e pompons nas mãos. A escolha da trilha homenageou Michael Jackson, morto há quase três semanas.
Vaias na Vila vazia e empate suado
Na segunda etapa, o Santos voltou pressionando mais o adversário. E logo no primeiro minuto o Barueri perdeu Ralf pelo segundo amarelo, depois que o meia cometeu falta em Madson. Na tentativa de diminuir a diferença, Rodrigo Souto fez a torcida santista se agitar, depois que seu chute encontrou o travessão de Renê. Mas a busca pelos gols continuava desordenada. Um exemplo foi uma arrancada de Paulo Henrique Lima, que se viu solitário entre os atletas rivais e, quando tentou passar a bola para Kléber Pereira, foi barrado pelos defensores do Barueri. Enquanto isso, o time de Estevam Soares, bem armado em campo mesmo com um homem a menos, se aproveitava dos contragolpes para tentar ampliar a conta. Desesperado, Serginho Chulapa fez mudanças ousadas na equipe. Depois de tirar Roni e colocar Róbson no time, ele trocou o zagueiro Fabão pelo atacante Neymar. E a insatisfação seguia na Vila Belmiro, com os pouco mais de 3 mil torcedores protestando contra Marcelo Teixeira. Com o ataque mais leve, o Peixe chegou diversas vezes na área do Barueri. Mas a pontaria não foi o forte dos santistas na noite desta quarta-feira. Em boa jogada com Paulo Henrique Lima, Róbson chutou cruzado, mas a bola bateu no travessão de Renê, aos 28 minutos. Na tentativa de Kléber Pereira, um lance bizarro. O camisa 9 santista, alvo constante de críticas da torcida, dominou a bola, mas seu chute saiu torto, longe da trave direita de Renê. O atleta ainda cobrou um toque da arbitragem, na tentativa de conquistar um escanteio. E ouviu novas vaias da torcida. E a reclamação dos torcedores só mudou aos 35 minutos, e mesmo assim por alguns segundos, quando Róbson diminuiu para 3 a 2. Leandro Castán cometeu lance perigoso, e o Santos teve uma falta em dois toques a seu favor. Após a cobrança, o meia alvinegro aproveitou rebote de Renê e completou para as redes. Na base da pressão, o Santos partiu para o tudo ou nada nos minutos finais. E conseguiu arrancar um empate com Neymar. Após cruzamento, ele subiu sozinho e completou contra a meta de Renê. Na comemoração, pegou algumas pipocas que haviam sido atiradas pela torcida e comeu. Foi o terceiro instante de alegria na Vila, que protestou mesmo com a igualdade no placar.

Goiás 0 X 2 Avaí


Goiás tropeça no Serra Dourada, e Avaí vence a segunda no Brasileirão
Apático, apesar de jogar em casa, Esmeraldino é surpreendido pelo time catarinense, que foge da lanterna

O Avaí surpreendeu e venceu o Goiás por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, no Serra Dourada, em jogo válido pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time catarinense, que só havia vencido uma vez na competição e entrou em campo carregando o peso de ocupar a última colocação da tabela, começou a partida dando sinais de que não seria ameaça para os donos da casa, mas Muriqui e Roberto balançaram as redes e contrariaram as expectativas. A equipe do técnico Silas chegou à sua segunda vitória no Brasileirão, e soma 10 pontos, na 18ª colocação. Já a equipe goiana segue em nono, com 14 pontos. No próximo sábado, às 18h30m, o Goiás enfrenta o Fluminense, no Rio de Janeiro, na abertura da 12ª rodada. O Avaí pega o Sport, no Recife, domingo, também às 18h30m.
Dois gols bem anulados
Em casa, o Goiás não deixou o Avaí à vontade no início da partida. Explorando principalmente o lado direito da defesa avaiana, a equipe do técnico Hélio dos Anjos chegou a balançar as redes aos três minutos, quando Felipe Menezes, em posição de impedimento, recebeu dentro da área e emendou para o gol, mas a arbitragem anulou corretamente o lance.Na sequência, os goianos mantiveram domínio da partida, trocando passes sem dificuldade, mas não chegavam a ameaçar a meta catarinense. Explorando os contra-ataques, o Avaí chegou perto de abrir o placar com um gol olímpico de Marquinhos, aos 12 minutos, mas Harlei afastou o perigo com um soco.O susto parece ter acordado os anfitriões. Aos 16, Douglas recebeu na entrada da área, limpou e arriscou de esquerda, mas a bola saiu pela linha de fundo. Aos 17, Felipe Menezes também arriscou de longa distância, Eduardo Martini não conseguiu segurar, e Ramalho emendou para o fundo das redes. Mas, antes que o volante pudesse comemorar, o árbitro assinalou o impedimento e anulou, corretamente, outro gol do Goiás.Apesar de excessivamente defensivo, o Avaí conseguiu criar oportunidades claras de marcar na primeira etapa. Aos 25, após rápida troca de passes, Muriqui saiu de frente para Harlei, mas precisou se esticar para concluir e acabou chutando em cima do goleiro. Os visitantes mantiveram a pressão. Da entrada da área, Muriqui buscou o ângulo esquerdo de Harlei, e obrigou o camisa 1 esmeraldino a fazer bela defesa, aos 26.Felipe ainda desperdiçou a melhor chance do primeiro tempo, aos 44, após boa jogada de Ramalho, pela direita. O atacante esmeraldino recebeu cruzamento dentro da área, mas chutou em cima de Eduardo Martini.
Avaí surpreende
No intervalo, o técnico Silas mexeu na ala direita e trocou Michel por Luís Ricardo. Mas foi pela esquerda que os avaianos roubaram a bola e avançaram com William, que rolou para Muriqui se antecipar à zaga goiana e tocar no canto direito de Harlei – 1 a 0.Por pouco os visitantes não ampliaram aos 5. Após cruzamento da esquerda, William cabeceou à queima-roupa, e Harlei fez defesa incrível.Com papéis invertidos, os times seguiam a mesma história da etapa inicial, com o Avaí impondo o ritmo de jogo. O Goiás criava chances isoladas. Aos 24, Amaral arriscou uma bomba da intermediária e carimbou o travessão de Eduardo Martini.Já na reta final, aos 44, o contra-ataque avaiano confirmou o resultado. Caio esticou para Roberto, que ganhou da defesa na velocidade e marcou, selando a vitória avaiana, a primeira do time após seis partidas.

Coritiba 2 X 1 Grêmio


Coritiba vence o Grêmio de virada na rodada pré-clássicos para as equipes
Tricolor é melhor no primeiro tempo e sai na frente, mas tem jogador expulso e acaba não resistindo à pressão do Coxa

O Coritiba passa a comer, beber e respirar Atletiba com a confiança de quem venceu um jogo muito importante. Já o Grêmio terá que encarar os dias de preparação para o Gre-Nal com explicações para a derrota. Na rodada pré-clássicos regionais, o Coxa venceu o Tricolor de virada na noite desta quarta-feira, no Couto Pereira, por 2 a 1. Jonas marcou para os gaúchos, superiores no primeiro tempo. Os paranaenses viraram com Marcelinho Paraíba, ainda na etapa inicial, e Ariel, no período final.Agora, as duas equipes só pensam nos duelos regionais. O Coritiba vai à casa do Atlético-PR, a Arena da Baixada, para jogão às 16h de domingo. O Grêmio, no mesmo dia e horário, recebe o Internacional no Olímpico. Com a vitória desta quarta, o Coxa subiu para 13 pontos, mais longe da zona de rebaixamento. O Grêmio ficou estacionado nos 15 pontos. Melhor, Grêmio larga na frente, mas Coxa empataO Coritiba foi, no primeiro tempo, a prova de que o futebol é feito de contrastes. Aos 43 minutos, a bola morreu no peito do argentino Ariel dentro da área, a centímetros do gol do Grêmio. O centroavante dominou, se livrou da zaga, fechou o olho e mandou uma pancada impressionante. Só que para o lado contrário. Em vez de chutar na direção do gol, ele conseguiu mandar a bola para fora da área. Inacreditável. Três minutos depois, Marcelinho Paraíba fez o oposto. Ele recebeu pela direita da área, quase no ângulo dela, e chutou bonito, forte, cruzado, no único lugar que Victor não conseguiria alcançar. Um golaço. Uma pintura que igualava o marcador em uma etapa inicial dominada pelo adversário. O time gaúcho foi claramente superior. Mesmo com quatro desfalques (Réver, Souza, Herrera e Maxi López), o Tricolor esteve sempre mais perto de marcar do que o Coxa. Jonas, aos nove minutos, logo colocou os visitantes na frente. O lançamento para ele foi de Fábio Santos, destaque azul no primeiro tempo. O atacante recebeu do lateral-esquerdo, fintou Demerson e mandou o chute. A bola ainda bateu no goleiro Vanderlei antes de entrar. O Grêmio estava na frente e assim seguiria até Marcelinho Paraíba dar o ar da graça.As duas equipes foram para o vestiário no intervalo carregando um placar um tanto injusto com os gaúchos, que tiveram outras boas chances de marcar. Aos 20 minutos, Adílson acionou Fábio Santos de calcanhar. Saiu dali o cruzamento para Alex Mineiro, que bateu para fora. Aos 37, o centroavante trocou de função e cruzou para a área. Como Jonas não conseguiu concluir, Maylson pegou a bola no outro lado, pela esquerda, e mandou na cabeça de Fábio Santos. A conclusão foi para fora. O Coxa tentou ameaçar com chutes de longa distância e jogadas de bola parada. Não teve sucesso. Marcelinho Paraíba acertou o travessão em uma cobrança de escanteio. Depois, colocou a bola na cabeça de Ariel, mas a conclusão do argentino não encontrou a rede de Victor. Expulsão de Thiego facilita virada do CoxaAntes de o segundo tempo ganhar corpo, William Thiego perdeu a cabeça. O jogador do Grêmio foi até a linha de fundo, no ataque, para disputar bola com Douglas Silva. Quando o adversário deixou o braço no rosto de Thiego, o zagueiro improvisado como lateral não se controlou e deu chute violento no tornozelo do oponente. Foi corretamente expulso.A virada do Coxa foi consequência do lance infantil do atleta gremista. O Coritiba cresceu no ataque, passou a dominar o território rival e encontrou o gol aos sete minutos. Em cruzamento da esquerda, a zaga não conseguiu cortar, e a bola parou do outro lado. Marcos Aurélio acionou Ariel, que girou para o fundo do gol de Victor: 2 a 1. O grandalhão se redimiu do lance bizarro do primeiro tempo. Em desvantagem, o Grêmio até tentou arrancar um empate, mas as dificuldades foram grandes. As entradas de Makelele, Joilson e Perea não ajudaram muito. Jonas, aos 21 minutos, teve boa chance para marcar, mas o atacante não conseguiu desviar para o gol o cruzamento de Tcheco, e a bola saiu por pouco.O Coxa diminuiu o ritmo. Ciente da importância dos três pontos, o time de René Simões deixou o tempo passar, apenas controlando o adversário. Assim, garantiu uma vitória importante na tabela e no ânimo.

Santo André 1 X 0 Atlético-PR



Santo André bate o Atlético-PR em casa e encosta no G-4 do Brasileirão
Único gol foi marcado contra pelo volante Valencia no início do segundo tempo da partida realizada no ABC

Depois de surpreender o Fluminense no último fim de semana em pleno estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, o Santo André deu nesta quarta-feira mais uma demonstração de que vai brigar pelas primeiras colocações do Campeonato Brasileiro. A equipe comandada pelo técnico Sérgio Guedes derrotou o Atlético-PR por 1 a 0, em partida realizada no estádio Bruno José Daniel. O único gol foi marcado pelo volante Valencia, contra, aos 5min do segundo tempo. Com o resultado, o Ramalhão foi aos 17 pontos na tabela de classificação e subiu para a sexta posição na tabela de classificação. Já o Atlético-PR, que sofreu a sua sexta derrota em 11 partidas, segue com 11, apenas um ponto distante da zona de rebaixamento do torneio. Confira a classificação do Campeonato Brasileiro As duas equipes voltarão a campo no próximo fim de semana. O Santo André, no sábado, vai enfrentar o Palmeiras, às 18h30m, no Palestra Itália. Já o Atlético-PR receberá o rival Coritiba na Arena da Baixada, domingo, às 16h10m. Começo muito ruim No primeiro tempo, as duas equipes começaram a partida em ritmo muito lento. Com muito frio e pouca presença de público, não houve lances de emoção nos primeiros 20 minutos. Coube ao time visitante criar a primeira jogada de perigo da partida. Aos 22min, após uma bola recuperada pelo lateral-esquerdo Márcio Azevedo na linha de fundo, o atacante Wesley ficou com a sobra, passou por dois marcadores do Ramalhão e bateu cruzado, rasteiro. Neneca fez bela defesa e, na sobra, a zaga do Santo André afastou o perigo. A mesma cena repetiu-se nove minutos depois. Novamente Wesley, pelo lado esquerdo, invadiu a área e disparou uma bomba de pé esquerdo. Neneca, em noite inspirada, espalmou pela linha de fundo. No banco de reservas do Santo André, o técnico Sérgio Guedes, aos gritos, tentava corrigir os erros de posicionamento da equipe, que deixava muitos espaços pelas pontas. (Reveja o lance) E o Ramalhão acordou nos 15 minutos finais. O time conseguiu melhorar sua marcação e, com isso, passou a ficar com a bola mais tempo nos pés. Aos 37min, finalmente o goleiro Vinícius, do Atlético-PR, trabalhou. Ele fez boa defesa em chute cruzado de Antônio Flávio, que recebeu passe de Marcelinho Carioca pelo lado direito da área adversária. Quando o jogo já caminhava para o intervalo, o Santo André só não abriu o marcador porque Elvis não teve sorte na finalização. Ele avançou pela esquerda e bateu cruzado, longe do alcance de Vinícius. A bola caprichosamente bateu na trave e, na volta, a zaga do Furacão deu um bico para longe. O gol do Ramalhão As duas equipes voltaram sem alterações para o segundo tempo. Mas o Santo André retornou na mesma velocidade com que havia terminado a primeira etapa. Com apenas um minuto, após cruzamento da direita, Nunes cabeceou, e Vinícius fez um milagre. Na volta, Antônio Flávio cruzou e Nunes chutou rasteiro. A bola só não entrou porque, no meio do caminho, Rafael Santos salvou no carrinho. Mas, aos 5min, não teve jeito. Após cobrança de escanteio de Marcelinho Carioca da esquerda, o zagueiro Vinícius Orlando subiu no alto com Valencia para disputar a bola. E o jogador do Atlético-PR acabou cabeceando para o próprio gol. Festa da barulhenta torcida do Ramalhão presente ao estádio Bruno José Daniel. Em desvantagem, o Atlético-PR resolveu sair para o jogo. O técnico Waldemar Lemos deu mais força ao ataque, tirando um meia (Paulo Baier) e colocando mais um atacante (Fabrício). Com isso, o Furacão cresceu e fez o time da casa recuar. O controle da posse de bola passou a ser paranaense e, aos 22min, o zagueiro Chico, após cruzamento na área, quase marcou de cabeça. Após cobrança de falta, ele subiu sozinho e testou à direita de Neneca, com muito perigo. Mas, com o passar do tempo, o Atlético-PR foi diminuindo seu ritmo. Nos dez minutos finais, o Santo André conseguiu reequilibrar a partida, tanto que voltou a levar perigo ao gol defendido por Vinícius. Aos 36min, Marcelinho Carioca cobrou falta, o goleiro do Furacão bateu roupa e, no rebote, Antônio Flávio chutou para o gol. A bola só não entrou porque Rafael Santos, em cima da linha, salvou. Nos minutos finais, o Ramalhão ainda teve mais uma chance. Marcelinho Carioca, em chute de fora da área, bateu de fora da área, no canto esquerdo de Vinícius, que fez boa defesa. Depois, a equipe do ABC soube controlar a bola e garantir a importante vitória.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Riquelme: sonho do Corinthians


Timão pede ajuda a investidor para convencer Riquelme a jogar no Brasil
Empresa que tem direitos de três atletas do clube terá reunião com agentes do meia daqui a 15 dias para iniciar negociações
O Corinthians espera começar a transformar em realidade o sonho de contratar o argentino Juan Román Riquelme, do Boca Juniors-ARG. Com o auxílio de investidores, o Timão abrirá, em 15 dias, as negociações para tentar convencer o meio-campista a se transferir ao futebol brasileiro no ano do centenário alvinegro e ser uma das estrelas da equipe na Taça Libertadores. Para fazer o hermano ao menos ouvir o que o clube tem a oferecer, o mandatário recorreu à DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, que abriu os cofres nas últimas temporadas na contratação de jogadores. O mercado argentino, aliás, é um dos novos alvos da empresa na busca de atletas de futuro e com perspectiva de negociação com o exterior. O grupo possui ainda bom relacionamento com o Timão, com parte dos direitos de André Santos, Dentinho e Renato. Com 31 anos, Riquelme não é interessante financeiramente aos investidores por ter pouco espaço na Europa. Mas a transferência de um ídolo do futebol argentino para um dos clubes mais populares do Brasil agitaria o mercado e colocaria o grupo em evidência em toda a América Latina, algo parecido com o que aconteceu com a MSI e a ida de Carlitos Tevez para o Parque São Jorge. Uma reunião com Marcos Franchi e Daniel Bolotnicoff, agentes do meia, está marcada para daqui a duas semanas. O pedido de Andrés Sanches ao grupo, aliás, sequer passou por uma ajuda em dinheiro para contratá-lo. Riquelme não custa tão caro como Ronaldo e a diretoria corintiana acredita que no ano do centenário conseguirá até duplicar os valores arrecadados com patrocínios. Atualmente, o clube embolsa mais de R$ 30 milhões com marcas estampadas nas camisa.

A direção do Corinthians nega o interesse veementemente, mas, internamente, trata o assunto como realidade e com o aval do técnico Mano Menezes. No entanto, reconhece que a maior dificuldade está em convencer Riquelme a deixar o Boca. O jogador é fanático pelo clube e já chegou a declarar que pretende encerrar a carreira na Bombonera. O contrato dele vai até junho de 2010. A presença de Ronaldo, contudo, é um chamariz. A esperança recai em dois fatores: o Boca não passa por um bom momento e ainda não está garantido na Taça Libertadores do próximo ano. Além disso, Riquelme não é unanimidade entre os companheiros de elenco por seu temperamento. Recentemente, abandonou a seleção argentina por divergências com o técnico Diego Armando Maradona. Riquelme chegaria ao Corinthians para ser o principal articulador de jogadas, já que Douglas deve ser negociado nas próximas semanas. Há alguns dias, o técnico Mano Menezes disse que o Timão não poderia contratar apenas reforços renomados, mas admitiu que precisaria de atletas com experiência em Libertadores. Nesse aspecto, Riquelme larga na frente, com seu tricampeonato pelo Boca: 2000, 2001 e 2007. Currículo não falta.

Vitória 6 X 2 Santos


Imbatível em casa, Vitória atropela o Santos e se firma no G-4
Equipe baiana se aproveita da atuação desastrosa da defesa do Peixe e consegue novo resultado positivo no Barradão

Arrasador, o Vitória goleia o Santos por 6 a 2
O
Vitória provou mais uma vez que não está entre os melhores do Campeonato Brasileiro por acaso. Neste domingo, no Barradão, a equipe baiana goleou o Santos por 6 a 2 e chegou a 19 pontos na competição (terceiro lugar). Com uma atuação lamentável da sua defesa, o Peixe segue com 13 pontos (11º colocado). O Rubro-Negro segue com impressionante 100% de aproveitamento dentro de casa.Os gols da equipe baiana foram marcados por Roger (dois), Willian, Victor Ramos, Leandro Domingues e Jackson. Kléber Pereira e Paulo Henrique Lima descontaram.Confira a classificação e os jogos do Brasileirão Na próxima rodada, quarta-feira, o Santos encara o Barueri na Vila Belmiro. Na quinta, o Vitória enfrenta o Náutico no Recife.Zaga do Santos bate cabeça, e Vitória aproveita bemFoi um primeiro tempo para os santistas esquecerem, e os jogadores do Vitória tomarem como exemplo para o restante do campeonato. A primeira lambança da zaga paulista aconteceu logo aos três minutos. Douglas furou na reposição e a bola sobrou para Roger, que, de perna esquerda, chutou fraquinho. A bola foi no contrapé do goleiro e, mansamente, morreu no fundo da rede: 1 a 0. Dois minutos depois, quase o segundo. Domingos escorregou e bola ficou com Roger, mas o atacante se enrolou no domínio e não conseguiu finalizar antes de ser desarmado.Não demorou para o Vitória ampliar. Aos 15, Roger foi lançado e a zaga parou para pedir impedimento. O atacante invadiu a área e chutou de esquerda, mas Douglas defendeu. A bola sobrou novamente para o jogador do time baiano, que só empurrou para o fundo do gol: 2 a 0. Aos 22, Victor Ramos, livre na linha da pequena área, mandou de cabeça e Douglas fez grande defesa. Encurralado, o Santos não tardou a levar outro gol. Um minuto depois, Leandro tocou para Willian, que, sozinho, só chutou na saída do goleiro: 3 a 0.Tinha mais. Com facilidade para chegar ao ataque, o Vitória fez o 4 a 0 aos 27 minutos. Da direita, Leandro Domingues cruzou para Victor Ramos, que se antecipou a Fabão e desviou para a rede. A primeira boa trama de ataque do Peixe só aconteceu aos 32 minutos. Madson foi lançado na esquerda, e, de dentro da área, chutou cruzado. A bola foi para fora.A equipe da Vila conseguiu diminuir o prejuízo aos 46, em um pênalti de Victor Ramos em Pará. Kléber Pereira cobrou com categoria e fez.Peixe tenta reagir, mas a zaga não deixa....Atrás no placar, o Santos voltou do vestiário tentando adotar uma postura mais ofensiva, mesmo que de forma tímida. Aos três minutos, Kléber Pereira mandou de cabeça após cruzamento da esquerda e Viáfara fez boa defesa. O Vitória, tranquilo com a vantagem construída no primeiro tempo, ficou mais atrás e apostou na velocidade dos seus homens de frente.Em um rápido contra-ataque, aos 14 minutos, Apodi foi lançado pela direita e chutou forte. Douglas fez boa defesa. Mas quem balançou a rede foi o Santos, em uma cochilada da zaga adversária. Aos 16, Madson cobrou falta na área e Paulo Henrique Lima, sozinho, desviou para o fundo do gol: 4 a 2. Com ânimo renovado, o Peixe fez outra boa jogada aos 19. Molina arrancou e chutou cruzado, Kléber Pereira chegou atrasado e não conseguiu o desvio.A tentativa de reação santista foi logo freada. Aos 26, Domingos - com péssima atuação - fez pênalti em Wallace, e Leandro Domingues cobrou bem para fazer o 5 a 2. Aos 33, o golpe de misericórdia do Vitória. Roger se livrou de Domingos com facilidade e cruzou para o baixinho Jackson, que antecipou em cima de Fabão e desviou para o gol: 6 a 2.Fim de jogo no Barradão aos gritos de "olé" da torcida baiana.

Atlético-PR 3 X 2 Internacional


Atlético-PR vence, sai da zona de rebaixamento e tira liderança do Inter
Marcinho faz dois e é o destaque do Furacão. Time gaúcho perde o primeiro lugar na classificação para o Atlético-MG

De virada, o Atlético-PR venceu por 3 a 2 o Internacional neste domingo, na Arena da Baixada, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro, e deixou a zona de rebaixamento. Já o time gaúcho perdeu a liderança da competição para o Atlético-MG, que venceu o Cruzeiro no clássico mineiro. Nilmar abriu o placar. Mas Marcinho, duas vezes, e Wesley garantiram os três pontos para o Furacão, que jogou sem o principal atacante: Rafael Moura, que cumpriu suspensão. Alecsandro ainda conseguiu diminuir para o time gaúcho no fimda partida. Com o resultado, o Atlético-PR pulou de 18º para o 13º lugar, com 11 pontos. Já o Internacional segue com 20 pontos e agora está em segundo, um atrás do Atlético-MG. Apesar da boa posição no Campeonato Brasileiro, o Internacional vive um momento difícil, deixando técnico Tite ameaçado. O time gaúcho perdeu duas finais consecutivas em um intervalo de uma semana – Copa do Brasil e Recopa. E agora foi derrotado pelo Furacão. Na próxima rodada, o Atlético-PR joga fora de casa contra o Santo André, às 21h. Já o Internacional vai encarar o Fluminense, no Beira-Rio, às 21h50m. Os dois jogos serão na quarta-feira. Nilmar abre o placar na Arena O jogo começou equilibrado, com muita correria no meio-campo. No entanto, em um lance de sorte, o Internacional conseguiu marcar o primeiro gol, aos nove minutos. Nilmar recebeu sozinho no ataque contra três marcadores e arriscou o chute de longe. A bola desviou no zagueiro Rhodolfo e deixou o goleiro Vinícius sem reação. Ela entrou no canto esquerdo enquanto o camisa 1 paranaense se dirigia para o lado direito. Foi o quarto gol de Nilmar no Campeonato Brasileiro. O jogo, então, passou a ter muitos erros de passe. As chances eram raras. O Atlético-PR, apesar de ter mais a posse de bola, não conseguia chegar com perigo. A história só começou a mudar após os 28 minutos. Foi quando Paulo Baier roubou uma bola de Guiñazu e tocou para Marcinho, que devolveu de calcanhar enganando a marcação. E o meia arriscou de fora da área. Mas a bola foi sem muita força e o goleiro Lauro defendeu sem dificuldades. O empate veio aos 31 minutos. Wallyson fez ótima jogada pela direita e cruzou para Marcinho, que se antecipou a Sorondo e tocou de primeira para o gol, sem chance para o goleiro Lauro, que não teve tempo nem de pular na bola. Tudo igual: 1 a 1. A partida melhorou e ganhou mais velocidade. Nilmar quase fez o segundo do Internacional. Ele recebeu de Taison na área e chutou cruzado. Mas o goleiro Vinícius fez ótima defesa e evitou o gol. A resposta do Furacão veio em seguida. De canhota, Márcio Azevedo chutou da entrada da área e a bola passou muito perto da trave direita de Lauro. E o primeiro tempo terminou no momento em que a partida pegava fogo. Marcinho marca o segundo de pênalti e vira a partida As duas equipes voltaram para o segundo tempo sem alterações. O Atlético-PR conseguiu a virada aos 13 minutos, em um lance infantil de Bolívar. Ele empurrou o atacante Wallyson na área. Pênalti bem marcado pelo árbitro Sandro Meira Ricci. Na cobrança, Marcinho deslocou o goleiro Lauro e fez o segundo gol na partida. Com a vantagem, o Atlético-PR passou a controlar mais a partida. O Internacional até tentava pressionar, mas faltava qualidade no meio-campo. Atletas importantes da equipe colorada passam por má fase. Dois deles não encararam o Furacão: Kléber foi liberado para resolver assuntos particulares, e D'Alessandro ficou fora para fazer trabalhos de recondicionamento físico. Taison não fazia uma boa partida, e Nilmar ficava isolado no ataque. Tite tentou mudar o panorama, ao arriscar e colocar Alecsandro em campo. O atacante até teve uma chance de empatar, mas cabeceou para fora após cruzamento de Nilmar. Mas aí o Atlético-PR matou a partida. Aos 26 minutos, Wesley recebeu na área e conseguiu girar rápido. O chute foi forte, no canto direito do goleiro Lauro. A bola ainda bateu na trave antes de entrar. Era o terceiro gol do time paranaense. Nos minutos finais, o Internacional ainda conseguiu diminuir. Em cruzamento para a área, Danilo Silva ajeitou de cabeça, e Alecsandro apareceu para completar para o gol. Mas já era tarde. Vitória paranaense por 3 a 2.

Fluminense 0 X 1 Santo André


Fluminense perde para o Santo André e agora está na zona de rebaixamento
Gol contra de Wellington Monteiro garante vitória do Ramalhão. Torcida pede a demissão do técnico Carlos Alberto Parreira

Um mês sem vitórias - um total de quatro partidas sem sair de campo com os três pontos - e o pior ataque do Campeonato Brasileiro. Para piorar, O Fluminense entrou em campo, no complemento da décima rodada, ocupando um lugar na zona de rebaixamento. A torcida, parecendo prever o pior, compareceu em número reduzido ao Engenhão, estádio do Botafogo, companheiro na parte de baixo da tabela. Menos de cinco mil pessoas pagaram ingresso para assistir, na noite deste domingo, ao Tricolor ser derrotado por 1 a 0 pelo Santo André, consciente e mais bem organizado em campo, com um gol contra de Wellington Monteiro. No fim, número suficiente de torcedores para fazer forte protesto contra o técnico Carlos Alberto Parreira, o principal alvo da ira dos tricolores presentes.
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Ouça o gol da partida na narração de Edson Mauro, da Rádio Globo/CBNCom o resultado, o Tricolor passou a figurar entre os quatro piores times da competição. Com dez pontos, está em 18º lugar. Já o time paulista, com 14 pontos, subiu da 14ª para a décima colocação. As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira. O Fluminense vai a Porto Alegre, onde enfrenta o vice-líder Internacional, às 21h50m, no Beira-Rio. Já o Santo André recebe o Atlético-PR no estádio Bruno José Daniel, no ABC, às 21h. Logo aos três minutos, o Fluminense começou a viver seu drama. Em jogada pela direita, Antônio Flávio cruzou para a área buscando Nunes, e Wellington Monteiro acabou marcando contra ao tentar cortar - o árbitro Antônio Carlos de Oliveira confirmou o gol para o volante do Flu. Assistir à equipe paulista abrir o placar no início da partida deixou os tricolores impacientes, que passaram a vaiar Edcarlos e Wellington Monteiro a cada de toque de um dois na bola. Alheios aos protestos vindos da aquibancada, os jogadores tentavam impor pressão. Diguinho e Leandro Amaral concluíram para fora aos sete e nove minutos, respectivamente. Bem armado, o Santo André se fechou ainda mais à espera de chances de sair em contra-ataques. Em um deles, aos 19, Elvis mandou longe do gol. O Tricolor tinha mais posse de bola, no entanto, errava muitos passes e facilitava a vida do adversário, que criou as melhores oportunidades. O jogo era morno, mas o time do ABC poderia ter ampliado em três oportunidades. Aos 31, Gustavo Nery lançou na área para Elvis, que encobriu Ricardo Berna. Edcarlos salvou em cima de linha. Quatro minutos depois, Marcelinho Carioca cobrou falta com efeito, e goleiro espalmou. O camisa 1 teve trabalho novamente aos 38, e em mais um lance de bola parada do meia. Aos anfitriões restou rondar a área do Santo André, mas sem perigo. Parreira muda, mas não escapa das vaias da torcidaJá na base do desespero, o Fluminense voltou para a etapa final com Marquinho no lugar de Wellington Monteiro, tentando tornar a equipe mais ofensiva. Os mandantes realmente partiram para o abafa, mas foi dos visitantes o primeiro lance de perigo. Aos três, falta frontal ao gol tricolor, mas Marcelinho Carioca cobrou no meio do gol, facilitando a defesa de Ricardo Berna. A resposta veio em dose tripla, sempre pelos pés de Conca. Na primeira, o meia argentino levantou na área, Fernando desviou, e Neneca segurou. Na sequência, bola para Luiz Alberto, que não venceu a marcação de Elvis. Em seguida, o camisa 10 cobrou falta na cabeça de Edcarlos, mas o goleiro do Santo André voltou a aparecer bem. Tudo com menos de dez minutos de bola rolando, e Carlos Alberto Parreira, que virara alvo da torcida na faixa "Fora, Parreira" estendida na arquibancada, resolveu mexer novamente. Marquinho foi deslocado para a lateral esquerda, e João Carlos saiu para a entrada de Tartá. O Tricolor continuava pressionando, mas os visitantes é que assustavam. Aos 20, Elvis aproveitou rebote da zaga e mandou a bomba. Ricardo Berna fez ótima defesa. No minuto seguinte, Antônio Flávio aproveitou cruzamento de Marcelinho Carioca, subiu mais do que a zaga carioca e cabeceou com perigo, à esquerda. Aos 26, Leandro Amaral cabeceou para ótima defesa de Neneca, que espalmou a escanteio - foi o último lance do atacante na partida, dando lugar a Maicon. A substituição foi apenas mais um motivo para os torcedores pedirem a saída de Parreira, com gritos e xingamentos. Aos 28, Conca chutou rente à trave esquerda. Recuado, o time do ABC passou por uma verdadeira blitz nos minutos finais, e o seu goleiro surgiu como herói. Aos 38, ele fez excelente defesa em cobrança de falta de Conca. No minuto seguinte, foi seguro ao defender conclusão de Edcarlos. Sem nenhuma organização e ainda mais desesperado, o Fluminense terminou a partida como começou: na zona de rebaixamento.

Grêmio 3 X 0 Corinthians



Melhor Grêmio do ano detona o Corinthians no Olímpico
Tricolor joga muito e anula o campeão da Copa do Brasil, que volta a sofrer no estádio onde foi rebaixado


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Corinthians viveu o maior pesadelo de sua história quase centenária no Olímpico, onde foi rebaixado para a Segundona em dezembro de 2007. E agora viu o mesmo estádio ser o ponto final em um mundo de sonhos pós-título da Copa do Brasil. O Grêmio jogou muito, mais do que jamais jogou em 2009, e atropelou Ronaldo, Mano Menezes e quem mais tivesse o escudo corintiano na camisa, na tarde deste domingo. A vitória por 3 a 0, incontestável, foi a prova definitiva de que a queda nas semifinais da Libertadores não causou qualquer tipo de trauma no clube gaúcho.Em ascensão, o Grêmio entrou de vez no Campeonato Brasileiro. E o Corinthians voltou à realidade de uma competição que exige competitividade máxima em cada segundo. Com a vitória na 10ª rodada, o Tricolor subiu momentaneamente para a sétima colocação, com 15 pontos, acima do próprio Timão, o oitavo, com 14.Os gaúchos voltam a campo na quarta-feira, fora de casa, contra o Coritiba. No domingo, tem Gre-Nal no Olímpico. Os paulistas recebem o Sport na quinta.Um substituto incomoda muita gente. Três incomodam muito mais...O Grêmio foi a campo sem três titulares: Réver, lesionado, Herrera, suspenso, e Maxi López, gripado. Por uma dessas maluquices do futebol, cada um dos substitutos fez um gol no primeiro tempo. Começou com Alex Mineiro, passou por Jonas e terminou em Rafael Marques. Mas eles não foram necessariamente os destaques do jogo.É que Tcheco jogou demais. Foi o destaque que sua camisa 10 exige. O meia teve papel fundamental em um dos principais méritos do time gremista na etapa inicial, a capacidade de incomodar a saída dos qualificados volantes do Corinthians. Cristian e Elias, acossados também por Jonas e Souza, não conseguiram levar o time de Mano Menezes ao ataque. E Tcheco ainda criou. Criou muito.Criou o primeiro gol, por exemplo. Pela esquerda, o capitão tricolor acionou Fábio Santos na esquerda. O cruzamento foi no pé de Alex Mineiro. No momento em que o atacante encostou na bola, ele sabia que era obrigado a fazer o gol. O jejum era longo, desde 1º de março. Mas acabou naquele momento. Felipe nada pôde fazer. O Grêmio estava na frente.Tcheco também criou o segundo gol: de novo pela esquerda, de novo em jogada direcionada à ponta, mas desta vez para Adílson. O cruzamento do volante resultou em cabeceio certeiro, forte, preciso de Jonas (que também teve atuação fora do comum). Estava encaminhada, com um belo gol, a vitória azul.O Corinthians, enquanto sofria atrás, pouco criava na frente. Douglas esteve sumido, prejudicado pela prisão dos volantes na marcação gaúcha. Como consequência, Ronaldo foi pouco acionado. Quando tocou na bola, o Fenômeno esteve perto de fazer estragos. Ele dominou uma bola pela direita, na entrada da área, e engatilhou um chute que provavelmente entraria. Mas o Grêmio contou com um anjo da guarda que apareceu para fazer a falta na hora certa. Era Tcheco, que levou um cartão amarelo a ser comemorado como se fosse gol.A tentativa de reação dos alvinegros foi prejudicada pela expulsão de Jean. O jogador fez falta, reclamou com o árbitro e foi para a rua. Eram 29 minutos do primeiro tempo. Aos 37, o Grêmio ampliou. Souza, pela direita, mandou na área para Rafael Marques, que só teve o trabalho de encerrar a jogada: 3 a 0, banho de bola gremista e festa no Olímpico. A torcida até começou a gritar “olé”.Controlado, Corinthians não reageO Corinthians não teve muito a fazer no segundo tempo. Mano Menezes se viu obrigado a colocar Renato no lugar de Jorge Henrique para reorganizar a defesa. O ataque, com menos gente, continuou frágil. Ronaldo e Dentinho não conseguiram superar a marcação.O Grêmio esteve mais perto de fazer o quarto gol do que de levar o primeiro. Jonas, aos oito, cabeceou com perigo. Perea, aos 29, recebeu livre na direita, mas foi abafado pelo goleiro Felipe. Tcheco seguiu mandando na zona de articulação. Faltou o melhor encaixe no último passe para o placar ficar mais elástico.Com o jogo morno, o time gaúcho controlou o adversário e os ponteiros do relógio. Assim, sem dificuldades, o melhor Grêmio do ano consolidou uma vitória que já era quase certa desde o primeiro tempo e deixou para o Corinthians o aviso de que a Tríplice Coroa só será possível com muito futebol.

São Paulo 2 X 2 Flamengo



Imperador volta ao Morumbi, e São Paulo e Flamengo ficam no empate
Com a camisa rubro-negra, Adriano marca um dos gols, mas não comemora em respeito ao Tricolor, onde atuou em 2008

Adriano e Hernanes disputam a bola no Morumbi. Imperador marcou, mas não comemorou seu gol
Em um jogo emocionante, na tarde deste domingo, o Imperador voltou ao Morumbi um ano depois de defender o
São Paulo. O atacante deixou a sua marca, cobrando pênalti, mas não comemorou em respeito ao Tricolor Paulista. O anfitrião, mesmo sem apresentar um bom futebol e com um jogador a menos desde o fim do primeiro tempo (Renato Silva foi expulso), conseguiu pelo menos assegurar o empate em 2 a 2 com o Flamengo, que esteve duas vezes em vantagem no placar.
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Ouça os gols da partida na narração de Oscar Ulisses, da Rádio GloboCom o resultado, a equipe paulista chegou a 11 pontos, ocupando provisoriamente a 12ª colocação, mas ficando a apenas um ponto da zona de rebaixamento. Já o Rubro-Negro, com 15, acabou a partida em sétimo lugar. Pela 11ª rodada do Brasileirão, o Tricolor encara o líder Atlético-MG na próxima quinta-feira, às 21h, no Mineirão. Um dia antes, o time carioca recebe o Palmeiras no Maracanã, às 21h50m.Denis erra, Imperador não comemora, e Tricolor perde um expulsoO São Paulo entrou em campo com novidades: três zagueiros, para fazer uma forte marcação em Adriano, e sem Washington, sacado para a entrada de Hugo. Jean também ganhou a posição no meio, na vaga de Eduardo Costa, e Arouca foi improvisado na lateral direita, que antes era de Zé Luis. No Flamengo, o Imperador era a referência na frente. E desde o primeiro minuto de jogo, o camisa 9 rubro-negro mostrou que queria jogo, se apresentando muito e cadenciando com inteligência as jogadas na frente.Apesar de apostar na defesa, o Tricolor não contava com a infelicidade de Denis. Em uma reposição de bola, o goleiro chutou errado e carimbou Fierro, que, na frente da área, ajeitou e levantou a bola até o gol, abrindo o placar aos três minutos.O visitante era mais eficiente na criação das jogadas e, também com três zagueiros, impedia a chegada do São Paulo. Aos nove minutos, Adriano perdeu um gol feito. Sozinho e de frente para Denis, o atacante concluiu sem a precisão habitual. O goleiro fez a defesa. Se o Tricolor tinha dificuldades para chegar ao ataque, precisou então contar com o talento de Marlos e com a falha da defesa adversária. O meia recebeu o passe de Miranda perto da área e cruzou para Borges, que chutou de primeira, sem chances para Bruno. Aos 18 minutos, 1 a 1.Mas o São Paulo nem teve muito tempo para comemorar o gol de empate. Adriano invadiu a área e foi derrubado por Renato Silva. O árbitro entendeu que houve a penalidade e apontou para a marca. O Imperador bateu no canto esquerdo de Denis e aumentou para o Flamengo, aos 21. Apesar de ter sido vaiado pelos são-paulinos, ele não comemorou o gol por respeito ao período recente em que defendeu a camisa tricolor, no primeiro semestre de 2008.Borges apareceu novamente para criar uma chance para o São Paulo. Ele sofreu falta de Wellinton perto da área, e Hernanes bateu para fora, perto do ângulo esquerdo de Bruno. O São Paulo tentava trabalhar mais a bola e valorizar o passe, já que estava complicado penetrar na defesa flamenguista. Aos 36, Marlos tentou um chute de longe, e Bruno precisou fazer a ponte para defender. Dois minutos depois, o clima ficou um pouco mais quente. Everton Silva recebeu um amarelo por jogada violenta, e na sequência Adriano deixou o corpo, levantando Jean Rolt do chão. Também recebeu cartão. Bruno não gostou do rigor do juiz e foi reclamar. Amarelou para ele também.Apesar da chuva de amarelos para o Flamengo, quem perdeu um jogador foi o São Paulo. Aos 43, Renato Silva cometeu uma falta em cima de Zé Roberto. Como já tinha o cartão, recebeu o segundo e foi expulso. A defesa tricolor, que já tinha dificuldades, agora estava desfalcada. O visitante foi para o intervalo com a vantagem no placar.De pênalti, Tricolor reage e chega ao empate definitivoNo segundo tempo, o São Paulo voltou mais animado, mas não conseguiu levar muito perigo ao gol de Bruno. O Flamengo, fechado, tinha chances nos contra-ataques. Ricardo Gomes, vendo que o time sentia a ausência de um jogador, mudou a equipe. Colocou Jorge Wagner e Eduardo Costa, tirando Hernanes e Hugo. Com uma defesa novamente forte, o anfitrião tinha Marlos agora mais adiantado para ajudar Borges. E Miranda aparecia como elemento surpresa.Jorge Wagner entrou e já bateu uma falta na entrada da área. Preferiu rolar para Junior Cesar, que soltou a bomba, mas não encontrou o gol de Bruno. A sorte do São Paulo começou a mudar aos 18 minutos, e em um lance polêmico. Willians empurrou Miranda na entrada da grande área, mas o árbitro apontou pênalti. Não adiantou a reclamação dos rubro-negros. Jorge Wagner cobrou aos 20 e empatou a partida: 2 a 2. O Flamengo resolveu colocar pressão para voltar a ficar em vantagem. Fez uma blitz na área tricolor, mas não teve sucesso. O São Paulo resolveu apostar em um grandalhão: tirou Borges e colocou Washington em campo. No primeiro lance, em uma disputa de bola, o atacante escorregou e ouviu algumas reclamações da torcida.Everton recebeu um cartão por tocar a bola com o braço e mostrou certa irritação com Junior Cesar. Logo foi sacado por Cuca para a entrada de Petkovic. Aos 44, quase que o Flamengo faz o gol da vitória. Erick Flores tentou alcançar na pequena área, mas Denis pulou na bola para defender e afastar o perigo. Tentando dar o troco, Marlos cruzou, e Jean soltou a bomba, mas a bola foi para fora. Aos 47, polêmica: Everton Silva e Washington se agarraram na área, e o juiz mandou o jogo seguir. A torcida do São Paulo reclamou muito, mas o jogo terminou mesmo empatado.

Cruzeiro 0 X 3 Atlético-MG



Atlético-MG bate reservas do Cruzeiro, dá fim a jejum e retoma a liderança
Galo faz 3 a 0 e ultrapassa o Internacional. Jogo tem a expulsão mais rápida da história do futebol brasileiro


Acabou a agonia. A segunda-feira vai ser mais leve para jogadores e torcedores do Atlético-MG. Depois de ficar dois anos e cinco meses sem derrotar o Cruzeiro e ouvindo todos os tipos de provocação, o time do técnico Celso Roth derrotou o maior rival neste domingo, por 3 a 0, no Mineirão, pela décima rodada do Brasileiro. O incômodo jejum atleticano durava 12 jogos (dez triunfos celestes e dois empates). E não foi só isso. Com o resultado, o Galo retomou a liderança do Nacional, com 21 pontos, beneficiado pela vitória do Atlético-PR sobre o Internacional, em Curitiba. O time estrelado continua com dez, em 16º. Por conta da decisão da Libertadores, o técnico Adilson Batista escalou um time reserva e foi obrigado a usar garotos da base e atletas que se recuperaram de lesões recentemente. O Galo tratou de aproveitar a chance de tirar um enorme peso das costas. Júnior, Alessandro e Eder Luis fizeram os gols. No próximo domingo, a Raposa pega o Corinthians, no Mineirão, pela 12ª rodada. Antes, fará o jogo mais importante da temporada até então. Na quarta-feira, também no Gigante da Pampulha, encara o Estudiantes, da Argentina, no segundo e decisivo jogo da Libertadores. Em La Plata, houve um empate sem gol. O Galo volta a campo na quinta-feira, contra o São Paulo, em Belo Horizonte. Cruzeiro 'começa' com dez e não suporta pressão do Galo Incríveis 12 segundos. Foi o tempo da expulsão do atacante Zé Carlos, do Cruzeiro, no clássico. Ele acertou uma cotovelada no volante Renan, o árbitro Paulo Cesar Oliveira viu, não deixou passar e mostrou cartão vemelho direto. Foi a expulsão mais rápida do futebol brasileiro. O lance aumentou a carga de favorismo do Galo, que entrou em campo com força máxima diante de um mistão da Raposa. Ao contrário do esperado, a vantagem numérica não foi bem aproveitada inicialmente pela equipe de Celso Roth. Sem criatividade, o meio-campo não conseguia levar perigo ao rival. O atacante Eder Luis bem que tentou se deslocar pelas laterais do campo, mas sempre marcado por Neguete. Sem sofrer ameaças, o Cruzeiro passou a se arriscar nos contra-ataques. Aos 15, o garoto Diego Renan recebeu de Athirson na ponta esquerda, se livrou da marcação com um belo corte e cruzou na cabeça de Fabinho. O volante desviou bonito, mas a bola saiu caprichosa pela linha de fundo. Mas logo o Galo voltou a se impor. Aos 21, Tardelli tabelou bonito com Marcos Rocha. O garoto ficou livre para chutar, mas demorou e foi travado por Fabrício. O lance incendiou o duelo, e os atleticanos passaram a investir especialmente com cruzamentos para a área. Como não obteve sucesso pelas laterais, o trio ofensivo de Roth - Júnior, Tardelli e Eder - voltou a trabalhar pelo meio. Numa das tentativas, o primeiro ficou na cara do gol, mas bateu para fora com o pé direito, que não é o bom, aos 26. Irritado com Marcos Rocha, o técnico alvinegro tirou o lateral-direito da partida, aos 30 minutos, para dar lugar ao atacante Alessandro. Com a mudança, o volante Márcio Araújo foi deslocado para a função. Três minutos depois, a melhor chance do Atlético. Renan acionou na esquerda Thiago Feltri, que dividiu com a zaga. Júnior aproveitou o rebote e, mais uma vez com o pé direito, tentou colocar no cantinho de Andrey. Errou por muito pouco. A pressão do Galo cresceu e o gol só não saiu por falta de pontaria. Aos 36, foram duas chances seguidas desperdiçadas. Numa delas, Júnior tentou encobrir Andrey depois de uma confusão na área celeste e errou por muito. Ele teria uma nova chance. Aos 40, Eder Luis avançou pela direita, achou Tardelli certinho na área, mas o goleador furou e jogou de zagueiro. Sorte que o pentacampeão estava atento, e livre, para concluir no ângulo do gol cruzeirense com o pé direito: 1 a 0 O lance perturbou o Cruzeiro. Três minutos depois, o Atlético chegou mais uma vez pela ponta. Tardelli cruzou rasteiro da direita, e Fabrício furou feio ao tentar cortar, deixando Alessandro livre para fazer 2 a 0 para o Galo. A dificuldade do Cruzeiro por jogar com dez era evidente, mas não faltou valentia. Aos 46, Thiago Ribeiro cabeceou com perigo após cobrança de escanteio, mas Aranha estava atento. A pressão atleticana demorou, mas deu certo no primeiro tempo. Atleticanos pedem goleada que por pouco não sai O Atlético-MG voltou disposto a ampliar o placar e quem sabe tentar devolver o placar de 5 a 0 do primeiro jogo da final do Mineiro, no início do ano. Nas arquibancadas, os atleticanos pediam uma vitória por 6 a 0. Assim como no fim da etapa inicial, o lado direito era o mais explorado pelo Galo. Márcio Araújo, Alessandro e Eder Luis eram os que mais pintavam por lá. Aos 20, Alessandro avançou sem marcação e achou Eder Luis na entrada da área, mas o chute parou em Andrey, muito bem colocado. Mais preocupada com a decisão da Libertadores, na quarta, a torcida do Cruzeiro passou a cantar e mostrou até certo desinteresse pelo clássico. Em tom de provocação e apoio, gritava "olé" a cada vez que a posse de bola ficava com os jogadores celestes. O nível da partida caiu muito. Apesar de ter mais posse de bola, o Galo pouco ameaçava e encontrava dificuldade frente à forte marcação celeste. A segunda jogada que levantou a torcida só foi criada aos 30 minutos. Alessandro recebeu cruzamento na área, mas cabeceou na rede pelo lado de fora. Sem o peso do jejum sobre as costas, a torcida atleticana provocou aos gritos de "o freguês voltou!". O time de Adilson Batista aceitou a derrota e sentiu o desgaste físico por jogar toda a partida com dez em campo. Como não tinha nada com isso, o Galo aproveitou para ampliar no fim. Aos 43, em lançamento para Eder Luis, o goleiro Andrey tirou com o peito, mas a bola sobrou para o atacante. Com calma, ele girou e fez um lindo gol por cobertura, de fora da área. Um golaço para lavar a alma dos atleticanos. Enfim, a tão esperada vingança foi conquistada.